sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Telescópio detecta buraco negro gigante engolindo estrela.

O buraco negro é o segundo maior já encontrado e tem massa 15 vezes maior que o Sol.
O telescópio do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), detectou em outra galáxia o buraco negro mais distante já encontrado. O corpo celeste está acompanhado por uma estrela que, em breve, será engolida pelo próprio buraco negro.
Com uma massa 15 vezes maior que a massa do Sol, este buraco negro também é o segundo maior buraco negro de massa estelar já encontrado. Ele foi encontrado em uma galáxia em formato de espiral, chamada NGC 300, a seis milhões de anos luz da Terra. "Esta é o buraco negro de massa estelar mais distante já pesado, e é o primeiro que vemos fora de nossa vizinhança galáctica, o Grupo Local (grupo de galáxias que inclui a Via-Láctea)", afirmou Paul Crowther, professor de astrofísica na Universidade de Sheffield, Grã-Bretanha, e um dos autores do estudo.O parceiro do buraco negro é uma estrela do tipo Wolf-Rayet, que também tem uma massa cerca 20 vezes a massa do Sol. As Wolf-Rayet são estrelas que já estão perto do fim de suas vidas e expulsam a maior parte de suas camadas superiores para a região que as cerca antes de explodirem como supernovas, com seus núcleos implodindo para formar buracos negros.
Os buracos negros de massa estelar são extremamente densos, os restos do colapso de estrelas muito grandes. Estes buracos negros têm massas que chegam até a 20 vezes a massa do Sol. 
Até o momento, 20 destes buracos negros de massa estelar já foram encontrados.Por outro lado, buracos negros maiores são encontrados no centro da maioria das galáxias e podem pesar entre milhões e bilhões de vezes a massa do Sol.
As informações coletadas pelo telescópio do ESO mostram que o buraco negro e a estrela Wolf-Rayet dançam um em volta do outro em períodos de 32 horas. Os astrônomos também descobriram que, enquanto eles orbitam em volta um do outro, o buraco negro está arrancando matéria da estrela. "Este é, sem dúvida, um 'casal íntimo'. Como um sistema com uma ligação tão forte foi formado ainda é um mistério", afirmou um dos colaboradores da pesquisa Robin Barnard. Outros sistemas com um buraco negro e uma estrela como companheira não são desconhecidos dos astrônomos.Baseados nestes sistemas, os astrônomos conseguem ver uma conexão entre a massa do buraco negro e a química das galáxias. "Notamos que os maiores buracos negros tendem a ser encontrados em galáxias menores que contem menos elementos químicos pesados", afirmou Paul Crowther. "Galáxias maiores, que são mais ricas em elementos pesados, como a Via Láctea, apenas produzem buracos negros de massas menores."
Os astrônomos acreditam que uma maior concentração de elementos químicos pesados influencia como uma grande estrela evolui, aumentando a quantidade de matéria que perde, o que resulta em um buraco negro menor quando os restos da estrela finalmente entram em colapso. Em menos de um milhão de anos será a vez da estrela Wolf-Rayet se transformar em uma supernova e, então, se transformar em um buraco negro.
"Se o sistema sobreviver a esta segunda explosão, os dois buracos negros vão se fundir, emitindo grandes quantidades de energia na forma de ondas gravitacionais", conclui Crowther.  
No entanto, de acordo com os astrônomos, serão necessários alguns bilhões de anos até que os dois cheguem a se fundir. 
 

Buracos negros podem originar galáxias


Ilustração do buraco negro criando a sua própria galáxia
Uma das perguntas que mais intrigam astrofísicos diz respeito à relação causal entre buracos negros e galáxias. Qual deles vem primeiro? O buraco negro, essa força monumental que tende a sugar tudo ao seu redor, ou as galáxias, esses gigantescos complexos estelares, no meio dos quais encontramos buracos negros? Um novo estudo, feito a partir de observações de um buraco negro solitário, sem estrelas muito perto de si, lança luz à hipótese de que seriam eles que formariam as galáxias - e não o contrário. As informações são do European Southern Observatory.
De acordo com o estudo, feito por cientistas franceses, alemães e belgas, esse buraco negro estaria construindo uma galáxia em torno de si. Essa galáxia seria rica em jovens e brilhantes estrelas e estaria aumentando a uma taxa de 350 estrelas por ano - valor 100 vezes mais alto que o registrado em galáxias comuns. Um quasar (pequeno ponto altissimamente energético, como o buraco negro, ligado à origem de sistemas de estrelas) contribuiria enviando altas quantidades de energia através de um feixe de partículas e gases, formando a galáxia.

Essa hipótese, por sua vez, permitiria entender, de acordo com o David Elbaz, um dos responsáveis pelo estudo, por que buracos negros localizados no centro de grandes galáxias teriam, por sua vez, uma massa igualmente grande. O estudo, entitulado "Galáxias formadas por quasares: um novo paradigma?" ("Quasar induced galaxy formation: a new paradigm?"), está publicado no Astronomy & Astrophysics Journal.

Buraco negro no centro da Via Láctea

Nasa divulga imagem de buraco negro no centro da Via Láctea.

A Nasa divulgou a imagem de um buraco negro localizado no centro da Via Láctea, conhecido como Sagitário A.
Medindo 114 anos-luz , o Sagitário A é supermassivo, ou seja, possui uma massa muito maior que a da maioria das estrelas,com cerca de 100 massas solares. Ele está localizado a cerca de 26 mil anos-luz da Terra, na constelação de Sagitário e pode ser observado desde o nosso planeta. Segundo a Nasa, os cientistas afirmam que as regiões centrais de praticamente todas as galáxias - como é o caso da Via Láctea, onde fica a Terra - contém um buraco negro supermassivo como este, mas com milhão de massas solares ou mais.
Ainda de acordo com os astrônomos da Nasa, este buraco negro é um "devorador" fraco. O seu combustível vem de ventos originados em estrelas jovens, localizadas à uma distância relativamente longa da Sagitário A, onde a sua influência gravitacional é fraca.

Berço de estrelas

Divulgada imagem do mais brilhante berço de estrelas.
Na imagem, aparece a Pequena Nuvem de Magalhães, situada a cerca de 210 mil anos-luz na direção da constelação de Tucano. as informações são da ESO.
A radiação, vento e calor emitidos por estrelas de grande massa dispersam o gás brilhante no interior e em redor deste grupo estelar, formando uma estrutura nebular que se assemelha a uma teia de aranha. Nesse berço estelar, à medida que mais e mais estrelas se formam a partir da matéria dispersa na região, elas começam a brilhar e alteram a imagem desta região reluzente.
A NGC 346 tem cerca de 200 anos-luz de comprimento, ocupando uma região no espaço que é cerca de cinqüenta vezes a distância entre o Sol e as suas companheiras estelares mais próximas.
A nebulosa associada, que contém um grupo de estrelas brilhantes, é conhecida como uma nebulosa de emissão, o que quer dizer que o gás no seu interior foi aquecido pelas estrelas até o ponto de emitir a sua própria radiação, da mesma forma que o gás néon utilizado nos sinais luminosos nas lojas.

Berçário de estrelas

ESA divulga imagem de berçário de estrelas.

As duas regiões brilhantes são áreas onde as grandes estrelas recém-nascidas utilizam hidrogênio para brilhar.
A agência espacial Européia, ESA, divulgou uma imagem de um "berçário estelar" com cerca de 700 estrelas recém-formadas. A imagem, obtida pelo telescópio Herschel, revela uma surpreendente e intensa atividade.
A imagem mostra uma nuvem escura há mil anos-luz de distância, na constelação de Aquila,  ou Águia. A constelação abrange uma área de 65 anos-luz de diâmetro, e até o momento, nenhum satélite havia conseguido imagens tão nítidas da região.

Auroras Gêmeas em Saturno

Hubble captura imagem rara de auroras gêmeas em Saturno.

O brilho das auroras gêmeas de Saturno foi registrado pelo telescópio espacial Hubble.
O telescópio espacial Hubble da Agência Espacial Americana (Nasa) capturou o brilho das auroras gêmeas de Saturno. O fenômeno acontece em ambos os polos do planeta simultaneamente. As imagens foram capturadas durante o equinócio do planeta quando o Hubble dirigia suas lentes para os dois anéis do planeta.
As raras imagens mostram pequenas diferenças entre as auroras, com as luzes brilhantes do norte menores, porém mais intensas que as do sul. O efeito é causado pelo fato de que o campo magnético de Saturno é desigualmente distribuído por todo o planeta, sendo mais forte no polo norte.
Segundo o The Guardian, auroras em Saturno, como na Terra, são causadas quando partículas carregadas provenientes do Sol chegam ao campo magnético do planeta. As partículas se concentram nos polos onde o campo magnético é mais forte. O brilho de uma aurora é criado quando as partículas energéticas colidem com átomos na camada superior da atmosfera. Um equinócio ocorre em cada um dos dois pontos na jornada de um planeta em torno do Sol, quando a luz da estrela incide perpendicularmente ao equador do planeta, resultando em dias e noites de comprimento aproximadamente igual. A órbita de Saturno produz apenas um equinócio a cada 30 anos.

Aurora Boreal de Saturno

Detectada em Saturno a maior aurora boreal do Sistema Solar.

Auroras Boreais de Saturno são o dobro maiores que às da Terra por serem compostas basicamente de hidrogênio, um gás muito rápido que faz com que elas alcancem distâncias maiores.
A sonda espacial Cassini detectou auroras boreais na atmosfera de Saturno que, de acordo com os cientistas, seriam as maiores já observadas no Sistema Solar. Imagens captadas pela Cassini mostraram as cortinas com cerca de 1,2 mil km de largura - o dobro maiores que as registradas na Terra, localizadas sobre o hemisfério norte do planeta.
As auroras boreais são fenômenos ópticos que brilham em regiões próximas às zonas polares dos planetas. Na Terra, o fenômeno ocorre por causa do impacto de partículas oriundas da magnetosfera - bolha magnética que rodeia um planeta - que se introduz na atmosfera superior terrestre.
Os cientistas da Califórnia Institute of Technology, responsável pelo estudo, informaram que as auroras boreais nunca haviam sido vistas em Saturno, apesar da suspeita de que sempre estiveram lá. Além disso, as observações podem ajudar a explicar melhor como elas se formam.
A altitude das auroras boreais de Saturno possuem diferenças em relação às da Terra, pois são compostas basicamente de hidrogênio. Já as da Terra são cheias de oxigênio e nitrogênio. Como o hidrogênio é um gás muito rápido, a atmosfera e as auroras alcançam distâncias maiores do planeta. Na Terra, o fenômeno tende a atingir entre 100 e 500 km.